Chegamos em junho, um mês muito especial para o Meio Ambiente. Neste ano, a campanha mundial proposta pela ONU tem o Reino da Arábia Saudita como anfitrião do Dia Mundial do Meio Ambiente, e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) que lançaram a campanha para combater a desertificação, restaurar a terra e desenvolver a resiliência à seca. Mesmo que ultimamente temos visto muitas enchentes, a seca é algo presente e situações extremas vão começar a acontecer. O número e a duração das secas aumentaram em 29% desde 2000. “Sem uma ação urgente, as secas podem afetar mais de três quartos da população mundial até 2050″ ressalta a ONU.
Anualmente, no dia 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, que foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972 e se tornou um dos momentos mais importantes para mobilização das pessoas e comunidades em países em ações em prol do meio ambiente. Nas últimas cinco décadas, este momento se tornou uma das maiores plataformas globais de divulgação ambiental, com dezenas de milhões de pessoas participando on-line e por meio de atividades, eventos e ações presenciais em todo o mundo.
Neste ano a campanha defenderá a liderança da Arábia Saudita na restauração de terras e destacará os compromissos do país e em toda a região para combater a mudança climática por meio da regeneração e do reflorestamento de grandes extensões de terras áridas e semiáridas.
Estamos vivendo a Década da Restauração de Ecossistemas (2021-2030), declarada pela ONU em março de 2019. Este Dia Mundial do Meio Ambiente tem como objetivo apoiar o progresso acelerado desses compromissos, com a campanha da Arábia Saudita conectada ao tema da COP-16, “Nossa terra. Nosso futuro. Nós somos a #GeraçãoRestauração”.
Dentre os tópicos estabelecidos, os países se comprometeram a restaurar um bilhão de hectares de terra – uma área maior do que a China – protegendo 30% da terra e do mar para a natureza e restaurando 30% dos ecossistemas degradados do planeta.
O Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano contribuirá com o fomento para a ação climática, reunindo apoio para o trabalho vital de restauração de ecossistemas, defendendo assim a promessa da Agenda 2030 de mudar o mundo para um caminho sustentável e resiliente e unindo forças para proteger as pessoas e o planeta.
Terra é vida. É o chão em que pisamos e o solo que nos alimenta. Mas nossas terras estão se degradando – em razão do consumo insustentável, da agricultura e da poluição. A degradação da terra afeta negativamente 3,2 bilhões de pessoas. Ainda assim, a terra é tolerante. Podemos restaurá-la com cultivos mais diversificados e plantando árvores. Podemos evitar os poluentes e recuperar as fontes de água.
“Somos a primeira geração a compreender plenamente as imensas ameaças à terra e podemos ser a última a ter a chance de reverter o curso da destruição. Nossa prioridade agora deve ser a restauração dos ecossistemas – o replantio de nossas florestas, o reumedecimento de nossos pântanos, a revitalização de nossos solos”, disse Elizabeth Mrema, diretora-executiva adjunta do PNUMA, lançando a campanha global em um evento da Semana Ambiental da Arábia Saudita (Saudi Environment Week) em Riad.
Esta ação é de extrema importância, em especial no momento em que enfrentamos uma preocupante intensificação da tripla crise planetária: a Crise das Mudanças Climáticas, a Crise da Natureza e da perda de Biodiversidade e a Crise da Poluição e dos Resíduos. Sabemos que todo este contexto ameaça os ecossistemas do planeta. A degradação de bilhões de hectares de terra afeta quase metade da população mundial e ameaça metade do PIB global. E como na maioria das vezes, os extremamente pobres são os mais afetados, assim como as comunidades rurais e os pequenos agricultores.
A boa notícia é que a restauração da terra pode reverter a maré rasteira de degradação, seca e desertificação. Cada dólar investido em restauração pode trazer até US$30 em serviços ecossistêmicos. Dentre as boas consequências da restauração podemos mencionar o aumento dos meios de subsistência, a redução da pobreza e o aumento da resiliência às condições climáticas extremas. A restauração ainda aumenta o armazenamento de carbono e retarda as mudanças climáticas. Restaurar apenas 15% da terra e interromper novas conversões poderia evitar até 60% das extinções de espécies ameaçadas.
Para tanto é necessário desligar os motores da degradação dos solos, da seca e da desertificação, como as mudanças climáticas. Tem-se observado recordes de temperatura quebrados e em várias partes do mundo observa-se os impactos, não apenas no calor, mas em tempestades, inundações e secas. Então fica claro que restaurar a terra sem combater as mudanças climáticas não adianta em nada, o que demonstra a urgência da discussão da agenda climática.
Estes assuntos parecem distantes pra você? Mas não parece familiar a várias questões que vivemos recentemente em nosso país? Como podemos nos dedicar a esta campanha em nossa rotina? Além das ações diárias e implementação de hábitos responsáveis e saudáveis para saúde e meio ambiente, que tal se dedicar a estar presente em eventos e debates sobre conservação? Fique ligado nas redes, com certeza na sua cidade tem algum evento que você pode participar presencialmente além de várias discussões online. Essa data foi criada para nos convidar a refletir sobre os problemas ambientais mais urgentes para o planeta e é importante reconhecer que todos nós, de alguma forma, temos relação com esses problemas.
Aqui na Beegreen entendemos que a nossa relação com os bens de consumo precisa de mudança, por aqui pensamos e trabalhamos nisso todos os dias e convidamos você a se unir a nós neste propósito.
Pequenas mudanças fazem uma grande diferença! Juntos podemos criar um ambiente mais sustentável e consciente. ♻️
#Sustentabilidade #MeioAmbiente #Beegreen #GeraçãoRestauração #MêsDoMeioAmbiente.
Referências:
1. https://mpmt.mp.br/portalcao/news/731/140572/dia-mundial-do-meio-ambiente-onu-lanca-campanha-para-restaurar-terras-degradadas
2. https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/discurso/dia-mundial-do-meio-ambiente-2024-acelerar-restauracao-da-terra
*Foto mostra seca no Rio Negro de 2023
