A ligação do Sagrado Feminino com nossas ancestralidades

O Sagrado Feminino é uma filosofia, um estilo de vida que tem em suas premissas ensinamentos sobre como harmonizar nosso corpo, emocional e nossos ciclos com a natureza. É a reconexão consigo mesma, com nossas ancestralidades e a harmonização de tudo isso. 

Eu sou Patricya Soares Bezerra, sócia e responsável pela área de Desenvolvimento de Produtos e quando falo da Beegreen e como me inspirei para criá-la sempre volto à minha infância, pois foi nela que recebi os maiores ensinamentos sobre natureza, ecologia e sustentabilidade. Eu tive o prazer e o privilégio de morar com meus avós até meus 12 anos e muito o que aprendi aplico na empresa.

Este ano iniciamos a criação e produção da linha de saboaria natural e este projeto tão desafiador e maravilhoso que me reconectou às lembranças da minha infância.
A casa dos meus avós ficava em um bairro central da cidade de Maringá, era aquela típica casa que se perde no meio das plantas e que, se alguém passar na frente dela, com certeza remeteria a uma casa de curandeira, que de fato ela era.
Minha vó, levando jús de ser filha de uma mulher indígena, transbordou todos seus saberes em seu lar, plantando ervas curativas e cultivando alimentos para nós e para os vizinhos.
Em frente à casa dela havia um terreno baldio, em que ela pediu permissão ao dono para plantar. Essa foi a primeira versão de agricultura e horta urbana que eu havia vivenciado. Minha avó sempre pedia:
“Filha, vai lá pegar “pornobi (ora-pro-nóbis)”
“Filha, leva essa sacolinha de verdura para Dona Maria”
“Está resfriada? Vamos fazer chá de picão do quintal.”
Vivíamos à base de chás e todas as ervas milagrosas que ela tinha em seu jardim e horta.
Mas as curas iam além das ervas, ela trabalhava toda a natureza em seu favor: abacate, ovos, vinagre para os cabelos, argilas para beleza e compressas como remédio.
Minha avó era simplesmente viciada em argila, fazia máscaras e também compressas, adicionava cebolas e ervas nas receitas e colocava em locais onde estava com dor.
Tudo era reaproveitado. Compostagem era chamada de adubo:
“Menina, vá levar o adubo (resto de cascas) na horta!”
Que depois cobríamos com folhas coletadas quando varríamos a calçada. 
Seu jardim, feito com mosaicos de azulejos quebrados, se completava com árvores frutíferas, muitas flores e ervas. Passávamos horas sentadas na cadeira da área “dibuiando” (debulhando) feijão andu, ou simplesmente conversando com o pé na jaca. Essa jaca que ela nos pedia para pegar na árvore do terreno baldio, ficava amadurecendo no jardim, enquanto isso, usávamos para massagear nossos pés. Cada cadeira tinha uma jaca, a expressão pé na jaca foi ensinada e percebida logo cedo!
Sabão feito em casa, escalda pés para dor nas juntas e para friagem, ela tinha todas as curas e receitas embelezadoras em seu templo.
Ela, uma enciclopédia ambulante de sabedoria de curas e cultivos, fazia da natureza sua religião e da espiritualidade seu guia. Ela sabia que tinha o tom dos saberes de uma mulher que por muitos anos foi chamada de bruxa. Cura, premonições e revelações em sonhos e esse dom foi me passado desde a infância.
Hoje, a nova Linha Regenere da Beegreen me reconectou com ela e sinto que de alguma forma nos unimos para dar sequência à sua sabedoria, muitas destas práticas ancestrais nos conduzem a uma conexão maior com nosso interior, ao sagrado feminino.

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